21/06/2011. Essa era a data agendada para a cesária.
Naquela manhã, saímos de casa preparados para a chegada de nossa filha. A longa espera de 39 semanas finalmente chegaria ao fim.
Eu não poderia conter a ansiedade para ver o rostinho da minha bebê. Minha esposa estava tão ansiosa quanto eu. Além disso, ela ainda tinha a expectativa de se livrar das dores nas costas, na barriga e de todo o desconforto do final da gravidez. Eu também queria vê-la livre de tais desconfortos.
Chegamos ao hospital pouco depois das 7 horas da manhã. Logo a levaram para os exames (dos quais eu desconheço o nome mas sei que são para medir o coração e os movimentos do bebê e a frequência das contrações).
Na consulta com o médico, a notícia: realmente ela seria internada naquele dia e ainda naquela manhã nasceria nossa filha.
Ainda tínhamos que esperar todos os trâmites de liberação da internação e preparação do Centro Obstétrico.
No momento de subir ao Centro Obstétrico, ela entrou e eu fiquei esperando na recepção até o momento de entrar à sala de parto para acompanhar o maior milagre da minha vida. Eu digo milagre porque o nascimento de mais um ser perfeito e cuidadosamente formado é um milagre.
Os momentos entre a entrada da Sandra na sala de parto e a minha entrada me pareceu eterno, embora não tenha durado mais do que 15 minutos.
Quando finalmente me chamaram, pensei que já era o momento exato, no entanto, ainda era para que eu colocasse a roupa e a touca. A enfermeira me informou que ainda estavam colocando a anestesia em minha esposa.
Foram mais 5 minutos eternos.
Às 11:48h fui chamado à sala de parto. O coração já me subia à boca de tanta ansiedade e alegria. Minha esposa deitada e com a pressão um pouco baixa devida a anestesia não estava nada confortável mas tinha um semblante tão feliz. Fiquei a olhá-la até o momento em que poderia ver a retirada da minha filha.
A médica informou que talvez demorasse um pouco porque a posição pélvica em que estava a bebê dificultava a retirada.
Para surpresa de todos foi mais rápido do que se imaginava. De repente, ali estava ela, em minha frente. Linda. O primeiro movimento foi um balançar de cabeça e um espirro com a finalidade de tirar a água do nariz, o que arrancou sorrisos da equipe médica. Ela tinha as bochechas rosadas e tão redondas. Seus olhos, já abertos, me pareciam tão puxados quanto os meus (embora os de minha esposa também sejam puxados tem um formato diferente). Ali estava a minha princesa, minha menina, meu amor.
Levaram-na à sala ao lado para limpar e este foi o momento em que chorou desesperada. Quando a trouxeram de volta, ela só deixou de chorar ao encostar o seu pequeno rostinho ao da minha esposa. Lágrimas rolaram dos olhos da Sandra. E os meus (olhos) também estavam molhados.
Foi o grande dia, um dia incrível que ficará sempre em minha mente. A lembrança da retirada da minha bebê nunca será apagada. Aqueles olhinhos arregalados, aqueles primeiros movimentos, aquele chorinho gostoso. Tudo vai ficar marcado.
Mas o dia 21/06/2011 representou apenas o início deste milagre. O milagre do nascimento e do crescimento da minha eterna princesa.
Agora a realeza do meu lar está completa com a chegada da minha princesa. Já tinha a minha esposa, a rainha do lar.
Rainha Sandra e Princesa Lavínia, vocês são a minha vida e eu amo vocês.
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| Rainha Sandra e Princesa Lavínia |
