sábado, 29 de setembro de 2012

Coadjuvante?


Coadjuvante?

Qual o papel do pai na criação dos filhos?

Diferentemente do papel definido e assumido pela mãe, o pai talvez demore um pouco para reconhecer seu papel. O pouco tempo em casa, a necessidade de prover o sustento familiar e as preocupações financeiras podem deixar o pai um pouco distante e, se ele não se der conta, pode se tornar apenas um coadjuvante para seus filhos, alguém de quem eles se lembrarão como aquela pessoa que raramente está em casa e, quando está, quer descansar e não tem tempo para brincar, conversar ou se divertir com os filhos.

Foi-se o tempo em que o único e grande trabalho do pai era o de provedor do lar. Apesar de ser uma grande responsabilidade, existem outras no mesmo grau de importância ou mesmo superior.

Durante a gravidez, você, papai, viveu como coadjuvante. As grandes preocupações, e também para você, eram a saúde da mãe e do bebê. As pessoas te ignoravam como se você não fosse parte do processo e somente perguntavam sobre os outros dois personagens. Poucos imaginavam que, por dentro, você estava com um fervilhão de pensamentos e preocupações. Embora reais, sua situação era coadjuvante frente aos enjoos, dores e desejos da mãe ou o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Lamento decepcionar, mas preciso dizer que sim, durante a gravidez você foi um coadjuvante.

Porém, não precisa continuar sendo. Após o nascimento é hora de assumir seu papel de protagonista na história.

Participar da criação dos filhos é mais do que trabalhar para alimentá-los e vesti-los. Dividir as tarefas com a mãe é um bom começo: você pode trocar fraldas, dar mamadeira ou comida, dar banho. Mais do que tarefas, tais atividade são o início de fortes vínculos, que permitem a proximidade e o crescimento do amor entre pai e filho.

Além disso, é possível dedicar um pouco do tempo livre para brincar, ensinar, repreender quando necessário.

O papel do pai é indispensável para o desenvolvimento da criança. Não renuncie ao seu papel. Permita que seu filho tenha boas lembranças tuas para contar.

Não seja coadjuvante no papel mais importante de sua vida: o de pai.