sábado, 29 de dezembro de 2012

Diálogo entre Pais e Filhos


“O principal momento para o diálogo entre encarregados de educação e educandos é a mesa, na hora da refeição. Enquanto comemos conversamos e analisamos o que os filhos nos dizem" (Sónia António - Comunicadora social angolana).

Fonte: Angola Press

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


"As crianças devem merecer uma atenção especial dos pais e encarregados de educação, para que cresçam saudáveis e que no futuro possam garantir o desenvolvimento do país em todos sectores sociais, políticos, económicos e culturais" (Fátima Viegas - directora do gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do Comité Central (CC) do MPLA).

Fonte: Angola Press

sábado, 6 de outubro de 2012

Os embalos das manhãs de sábado


Depois de uma semana inteira saindo cedo de casa, quando a bebê ainda dorme, e voltando tarde, quando se aproxima a hora do sono, nada como acordar no sábado e ficar toda a manhã na mais linda das companhias.

O sorriso dela quando percebe que eu estou em casa não tem preço. Minha felicidade por estar com ela também deve estar estampada no rosto.

É quando começa a programação especial do dia: Pocoyo, Backyardigans, Lazytown. Provavelmente, nem saberia que estes programas existem não fosse pela companhia de uma criança em casa.

Mas, nem por isso é um mau programa para as manhãs de sábado. Até dou risadas com as traquinagens do Pocoyo, me emociono com a imaginação dos Backyardigans e me surpreendo com a habilidade aeróbica do Sportacus e torço por ele contra o maldoso Robbie Rotten, de Lazytown.

Não importa o que faremos nesta manhã. Se ficaremos em casa vendo Discovery Kids ou se passearemos pelo Ibirapuera. O importante é estar com ela. Não há nada que possa me fazer mais feliz do que, pelo menos, por um dia, acordar vendo seu sorriso e sentir seu amor por mim.

Há que aproveitar todo o tempo disponível porque passa rápido, muito rápido.

sábado, 29 de setembro de 2012

Coadjuvante?


Coadjuvante?

Qual o papel do pai na criação dos filhos?

Diferentemente do papel definido e assumido pela mãe, o pai talvez demore um pouco para reconhecer seu papel. O pouco tempo em casa, a necessidade de prover o sustento familiar e as preocupações financeiras podem deixar o pai um pouco distante e, se ele não se der conta, pode se tornar apenas um coadjuvante para seus filhos, alguém de quem eles se lembrarão como aquela pessoa que raramente está em casa e, quando está, quer descansar e não tem tempo para brincar, conversar ou se divertir com os filhos.

Foi-se o tempo em que o único e grande trabalho do pai era o de provedor do lar. Apesar de ser uma grande responsabilidade, existem outras no mesmo grau de importância ou mesmo superior.

Durante a gravidez, você, papai, viveu como coadjuvante. As grandes preocupações, e também para você, eram a saúde da mãe e do bebê. As pessoas te ignoravam como se você não fosse parte do processo e somente perguntavam sobre os outros dois personagens. Poucos imaginavam que, por dentro, você estava com um fervilhão de pensamentos e preocupações. Embora reais, sua situação era coadjuvante frente aos enjoos, dores e desejos da mãe ou o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Lamento decepcionar, mas preciso dizer que sim, durante a gravidez você foi um coadjuvante.

Porém, não precisa continuar sendo. Após o nascimento é hora de assumir seu papel de protagonista na história.

Participar da criação dos filhos é mais do que trabalhar para alimentá-los e vesti-los. Dividir as tarefas com a mãe é um bom começo: você pode trocar fraldas, dar mamadeira ou comida, dar banho. Mais do que tarefas, tais atividade são o início de fortes vínculos, que permitem a proximidade e o crescimento do amor entre pai e filho.

Além disso, é possível dedicar um pouco do tempo livre para brincar, ensinar, repreender quando necessário.

O papel do pai é indispensável para o desenvolvimento da criança. Não renuncie ao seu papel. Permita que seu filho tenha boas lembranças tuas para contar.

Não seja coadjuvante no papel mais importante de sua vida: o de pai.

sábado, 4 de agosto de 2012

Primeiro Ano

Primeiro Ano




Como descrever o primeiro ano da maior experiência de minha vida? Como descrever a alegria? Como descrever a saudade depois de algumas horas de tê-la deixado em casa para trabalhar? Como descrever a preocupação pelo bem-estar desse ser tão dependente de mim?

Eu não tenho a respostas para as questões acima. Talvez o meu texto perca seu interesse pela grande dificuldade de descrever tais sentimentos. Porém, tentarei.

A primeira impressão de um novo pai é a surpresa diante de tamanha perfeição e inocência. O nascimento foi um milagre, mais uma evidência da existência de Deus, o ser superior que governa o universo. O corpo humano e a natureza, em geral, funcionam com tamanha perfeição que nos assombra.

Ver um ser perfeito, com seus lindos dedinhos, braços, pernas, olhos, boca, nariz, tudo em seu devido lugar, nos faz pensar em quão pequenos somos diante de tão grande poder que nos foi concedido: o de criar vida ou ajudar Deus nesta grande tarefa.

Uma pequena parte de mim, unida a outra pequena parte de minha esposa, deu origem a uma vida. Inicialmente, do tamanho de um grão de arroz (como na primeira ultrassonografia), mas com o coração batendo a uma velocidade incrível.

De repente, já se notava o formato de um pequeno ser. E então já podíamos senti-la quando chutava, se movia, brincava no caloroso ventre materno. Imagino a grandeza da sensação de uma mãe ao sentir tais movimentos dentro de seu corpo. Se eu já ficava maravilhado de senti-los desde fora.

Por fim, com a chegada do grande dia: o nascimento, iríamos vê-la, tocá-la, abraçá-la. Foi dos dias mais felizes, senão o mais.

Quando os médicos me chamaram para vê-la sair não tinha como segurar a emoção do momento. Ela surgiu, linda, já sorrindo, com os olhos bem abertos olhando tudo ao redor, talvez assustada com o espaço muito maior do mundo fora do ventre. Quando a levaram para limpar, ela chorava, queria correr atrás para saber se estava tudo bem. Quando a trouxeram de volta, a calma de estar perto dos pais encheu o ambiente. No entanto, eu não poderia continuar ali. Era momento dos médicos cuidarem das duas: a mamãe e a bebê.

Lembro como se fosse hoje o momento de vê-la no berçário. Era no 3º andar, porém no 2º eu já ouvia o choro. Como ela gritava! Fiquei pensando se era ela quem chorava, embora tivesse certeza de que sim. Ao me aproximar do vidro do berçário notei que só havia um bebê lá: era ela, minha princesa, tão linda e tão desesperada. Que falta lhe fazia a mãe!

Perdi as contas do tempo que fiquei ali, olhando-a. A vi acalmar-se aos poucos. A enfermeira lhe dando banho, o primeiro, e colocando as lindas roupas que havíamos levado e enrolando-a numa manta. Ela dormiu! E eu, feliz, não conseguia parar de mirar sua beleza e ternura.

Quando a levaram ao quarto para ficar junto da mãe, a felicidade aumentou. Estávamos juntos, os três, agora finalmente uma família, não mais um casal, mas uma família ao qual se juntava a peça que sentíamos faltar. Não digo que um casal não seja uma família. Sim, é. Porém, para nós, pessoalmente, naquele momento estávamos mais completos.

Aquela felicidade ainda iria aumentar. Era o momento de irmos para nosso lar. Nada poderia ser melhor do que irmos para a casa, acompanhados de tanta ternura. Parece que nosso lar se encheu. Ali era nossa casa e também o lugar de nossa maior alegria, nosso maior orgulho. Indescritíveis sentimentos tivemos.

Ainda não era a maior felicidade que ela me proporcionaria. Cada dia é uma surpresa: as primeiras palavras, os primeiros passos, os beijos. O choro que causa preocupação, também pode causar alegria. Chegar à casa cansado e ela não me deixar nem tomar banho, querendo ficar comigo. Ouvi-la me chamar, mesmo quando ainda não diz pai. Ver que me espera chegar para poder dormir. Que felicidade! Se eu não poderia descrever as outras emoções, esta com certeza não poderei.

Este primeiro ano pareceu tão curto diante da eternidade.

segunda-feira, 9 de julho de 2012