Coadjuvante?
Qual o
papel do pai na criação dos filhos?
Diferentemente
do papel definido e assumido pela mãe, o pai talvez demore um pouco
para reconhecer seu papel. O pouco tempo em casa, a necessidade de
prover o sustento familiar e as preocupações financeiras podem
deixar o pai um pouco distante e, se ele não se der conta, pode se
tornar apenas um coadjuvante para seus filhos, alguém de quem eles
se lembrarão como aquela pessoa que raramente está em casa e,
quando está, quer descansar e não tem tempo para brincar, conversar
ou se divertir com os filhos.
Foi-se o
tempo em que o único e grande trabalho do pai era o de provedor do
lar. Apesar de ser uma grande responsabilidade, existem outras no
mesmo grau de importância ou mesmo superior.
Durante a
gravidez, você, papai, viveu como coadjuvante. As grandes
preocupações, e também para você, eram a saúde da mãe e do
bebê. As pessoas te ignoravam como se você não fosse parte do
processo e somente perguntavam sobre os outros dois personagens.
Poucos imaginavam que, por dentro, você estava com um fervilhão de
pensamentos e preocupações. Embora reais, sua situação era
coadjuvante frente aos enjoos, dores e desejos da mãe ou o
crescimento e desenvolvimento do bebê.
Lamento
decepcionar, mas preciso dizer que sim, durante a gravidez você foi
um coadjuvante.
Porém,
não precisa continuar sendo. Após o nascimento é hora de assumir
seu papel de protagonista na história.
Participar
da criação dos filhos é mais do que trabalhar para alimentá-los e
vesti-los. Dividir as tarefas com a mãe é um bom começo: você
pode trocar fraldas, dar mamadeira ou comida, dar banho. Mais do que
tarefas, tais atividade são o início de fortes vínculos, que
permitem a proximidade e o crescimento do amor entre pai e filho.
Além
disso, é possível dedicar um pouco do tempo livre para brincar,
ensinar, repreender quando necessário.
O papel
do pai é indispensável para o desenvolvimento da criança. Não
renuncie ao seu papel. Permita que seu filho tenha boas lembranças
tuas para contar.
Não seja
coadjuvante no papel mais importante de sua vida: o de pai.
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