Depois de
ser pai, algumas pessoas me perguntam a razão de não frequentar
baladas, happy hours e outras atividades com amigos.
Ainda que
as pessoas sejam diferentes e nem todos os pais tenham a minha
opinião, eu sou um pai que prefiro atividades que possam ser
realizadas com minha filha. Já não me satisfaz sair sem ela ou
chegar tarde a minha casa.
Minha
preferência, ao sair do trabalho, é correr para a casa para ainda
encontrá-la acordada e poder brincar um pouco com ela.
É claro
que não se espera que a vida social se resuma a filhos. Ainda tenho
amigos, ainda me reúno com eles algumas vezes, mas tenho uma
prioridade com nome, rosto e é que mais precisa de mim e de minha
presença.
Se não
damos a real atenção às nossas prioridades, no futuro poderemos
ter o arrependimento de termos sido ausentes na vida daqueles que são
mais importantes para nós.
De acordo
com reportagem do jornal britânico The Guardian, uma enfermeira que
cuida de doentes terminais disse que frequentemente lhes perguntava
se tinham algum remorso ou arrependimento. E não raramente a
resposta era não ter passado mais tempo com aqueles a quem ama. Os
homens, em especial, lamentavam o tempo excessivo no trabalho, no
bar, no futebol, e deixar de dar prioridade à família.
Dieter F.
Uchdorf, líder mórmon, disse: “Tomemos a decisão de valorizar
aqueles a quem amamos passando um tempo significativo com eles,
fazendo coisas juntos e cultivando lembranças preciosas”.
Não
deixei todas as outras atividades.
O futebol
continua parte de mim porque como diz Milton Neves, “o futebol é a
coisa mais importante dentre as menos importantes”. Vibro com o meu
Tricolor Paulista e vibro ainda mais ouvindo a minha filha gritar:
“Goooool São Paulo”.
Baladas?
A última de que participamos, minha esposa e eu, foi em nossa casa,
com todos os nossos bons amigos e, claro, nossa filha. Foi muito
divertido. Compartilhamos um tempo maravilhoso com amigos muito
próximos a quem amamos e queremos que estejam mais tempo conosco.
Porém, o tempo com os amigos não sacrifica o tempo com nossa filha.
Sim,
aceito convites, porém as atividades sempre incluirão mais duas
pessoas: minhas lindas esposa e filha.
Fontes:
Dieter F. Uchtdorf, "Remorsos e Decisões", Conferência Geral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos, 6 de outubro de 2012.
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