segunda-feira, 2 de maio de 2011

Formando Uma Família

Todos têm sonhos! 

Às vezes, são diferentes, mas, geralmente, o ser humano tem necessidade de outro alguém. De uma companhia! De sentir-se amado! 

É óbvio que como o humano é um ser racional, nenhuma regra é 100% certa, porém, em sua grande maioria, a necessidade de se viver famílias é um forte sentimento, acompanhado, muitas vezes, do medo de uma vida solitária. 

Para um jovem mórmon, como eu, missionário retornado, a necessidade vem acompanhada de forte cobrança. Depois de voltar da missão, o rapaz tem novas missões: casar, ter filhos. 

É claro que a cobrança não é uma exclusividade mórmon e nem mais forte do que em outras religiões ou grupos sociais. É uma cobrança social, familiar, religiosa. 

Eu voltei para casa com grandes sonhos: sonho de ter uma família, esposa, filhos. Ser feliz com esta família. 

Depois de namoros pouco duradouros e tentativas frustradas de noivado, percebi que algo me faltava e algo me sobrava. Me faltava a certeza de que era o que queria fazer e me sobrava o medo do desconhecido. 

A vida a dois era desconhecida, era como um passo em meio á escuridão. Embora seja assim para qualquer ação, meu medo era maior em relação a isso, afinal, era a decisão mais importante da minha vida e nunca fiz minha a máxima: “se não der certo, separa”. Minha intenção ao me casar era conservar o amor do namoro e viver junto a minha família pela eternidade, exatamente como ensina a fé mórmon sobre as famílias e como eu sei ser possível e sempre me preparei para tal. 

Mas, ainda faltava muito para chegar a este fim. 

O rapaz recém-chegado da missão, com 21 ou 22 anos, estava confuso e, embora tivesse o desejo, não poderia casar-se sem estar seguro do passo tomado. Quando pressionado, fugia! 

Assim agem os homens quando não estão seguros: acabam fugindo quando a namorada pressiona o casamento. Às vezes, não é falta de amor, ou de vontade. É excesso de medo, afinal, amadurecemos mais lentamente do que as mulheres. 

Depois das frustrações, por muito tempo fiquei sem o desejo de me casar. Resolvi deixar pra lá as cobranças. Eu tinha que estar no comando da direção de minha vida e não adiantava me precipitar. 

É claro que o momento da decisão é diferente para cada um. Alguns estão totalmente preparados e seguros aos 21 anos (ou antes), outros demoram um pouco mais. 

Meus namoros duravam 2, 3, 4 meses, no máximo. A solidão já existia, porém era suprida por boas amizades. 

Quando deixei de me preocupar, aconteceu. Conheci alguém. E foi da maneira mais inesperada. 

Se quiser ler sobre como a conheci, clique aqui

O momento chegou, a decisão pareceu mais fácil, ainda que o medo não tenha sido totalmente extinto. 

Me casei em 12/06/2010 aos 30 anos. Foi então que outra missão começou: edificar o lar e preparar a paternidade, este talvez o maior sonho do homem.

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